O Banco do Bebé é a Família que eu não tenho.
Tive um bebé prematuro com 26 semanas que nasceu com muitos problemas. Na altura vivia num
quarto, na casa da minha sogra.
Tinha um filho com ano e meio e uma filha com três meses quando soube que estava grávida.
Tínhamos uma cama de casal e dois berços. Embora com poucas condições, quis ter este bebé. O Ivo
nasceu e ficou sete meses no hospital a correr muitos riscos de vida.
Quando estava para ter alta não tinha uma habitação sem humidade e com condições para o levar
para casa. Tinha que levar a máquina e o oxigénio e isso ocupava muito espaço. O Ivo teria alta
brevemente, mas não o poderíamos levar para aquele quarto. Foi quando na MAC me falaram do
Banco do Bebé. Foram logo solidárias comigo.
A voluntária do Banco do Bebé ajudou a procurar casa e até foi comigo visitar algumas casas.
Foi um momento maravilhoso quando alugámos uma casa. Não tínhamos mobília nem roupas nem
loiças, mas entre as voluntárias conseguimos tudo, até o frigorífico nos pagaram para congelar as
sopas para o bebé. Ajudam-nos com fraldas mensalmente, e pagam-nos os muitos medicamentos
que o nosso filho mais novo tem de tomar, e que para mim seria impossível pagar com o RSI, e que
permite que ele esteja connosco em casa e menos vezes internado no Hospital.
Mas o mais importante é a força que a voluntária passa para mim: saber que tenho alguém para ligar
sempre que precisar de ajuda, de uma opinião.
Após a alta do nosso filho, a voluntária apoiou-nos com o ensino na preparação das sopas
adequadas para o nosso filho. Foi uma grande ajuda.
Agradeço a Deus todos os dias por esta instituição estar comigo, bem como todas as pessoas que
nela trabalham. Sem eles, a minha família tinha sido separada.
Somos uma família feliz com a vossa ajuda.